Lançamento de Aika na Bienal Internacional do Livro de 2019!

E aí, Aikafãs! Vim contar um pouco sobre como foi a bienal. Sei que deveria ter postado antes, mas só estou me recuperando agora (culpa da fibromialgia e as horas em pé).

Galera linda da editora PenDragon reunida!

Na verdade, a Bienal de 2019 trouxe tantas emoções que merecia um livro próprio. Sério, foi muito louco – e agora me toquei que foi tudo meio corrido... Bom, fiz novos amigos, aprendi com eles como eles vendiam e troquei também meu conhecimento sobre como abordar alguém sem ser chato. E o stand estava muito lindo! Fiquei apaixonada!

Bonde junto para a foto!

Só na manhã do primeiro dia, com poucas pessoas, que deu para fotografar o cosplay quase sozinho.

Ao mesmo tempo, encarei meu primeiro desafio de ficar horas em pé com meu cosplay, brigando com a fibromialgia. É muito complicado para mim sentir tanto a dor quanto ver as pessoas me olhando porque viram que eu não estava bem...  Admito que estava com muito medo de ser julgada mal por causa delas, mas os autores e pessoal da editora Pendragon me acolheram com muito carinho – e sempre me passavam cadeiras quando pedia. 💓

Eu e o Felipe Saraiça, autor de "Para onde vão os Suicídas", entre outros livros.

Eu e o autor Bernardo Stamato, autor de "A era do abismo" entre outros livros.

 

Eu e a Marilía G. Barbosa, autora de "Selene e o Dragão".

Eu com o Maridão, só na self.

Descobri meio que dando a cara a tapa de que se vestir de cosplay em banheiro com crianças pode ser uma loucura... e para minha surpresa, o cosplay de Inu-Yasha foi o mais fácil de vestir e usar, embora o que menos chamou a atenção. Eu juro que fiquei chocada! Jurava que Inu-yasha atrairia mais pessoas, mas não foi o que aconteceu. Talvez por serem mais novos que eu, mas quem via, imediatamente corria atrás de mim para tirar foto, e isso era TÃO LEGAL! Nunca tinha experimentado isso!!! Uma coisa curiosa que eu não esperava (de novo), foi o número de pessoas que vinham me pedir fotos, mas não conheciam o Inu-Yasha, especialmente as crianças. E até levei um puxão de peruca que nunca imaginei que receberia 😨 O cosplay de Inu-Yasha também me concedeu uma amizade com um pessoal legal e que me ajudaram a voltar para casa porque, infelizmente, eu tive crise de dores pelas horas em pé... E percebi que é o melhor cosplay para os dias de frio e chuva. Sério, a roupa me salvou muito!😅

  

Amigos do busão que me ajudaram a voltar para casa XD

Eu e o Hugo, a armadura ajudante da PenDragon

Com o Cosplay de Aika, o bagulho foi mais louco. Era o mais difícil de vestir, especialmente sozinha. Mas ele chamou muita atenção! Sem brincadeira, eu não conseguia dar um passo sem pessoas me pedirem foto (a maioria, mais uma vez, de crianças). A foice ajudou e não ajudou... primeiro porque ela acertava as pessoas sem querer, e meus braços não conseguiam segurá-la alta por muito tempo – embora ela estivesse bem leve. O bom é que ela pôde ficar no stand durante os dias, contudo, a PenDragon percebeu que tê-la exposta não era tão boa ideia porque as pessoas queriam pegar, e ela caiu muitas vezes, ao ponto de que eles tiveram que escondê-la 😂 . Foi útil nos dias mais cheios para que as pessoas me achassem. E foi estranho ver que tinha gente me pedindo informação porque achavam que eu trabalhava para a Bienal! 😓

Sessão fotos com leitores, parceiras e amigos:

Meu cosplay também atraiu pessoas para dentro do stand, e eu fiquei feliz em saber disso. Ajudava a vender meus livros ou os dos meus amigos com temas parecidos. Fiquei preocupada de atrapalhar os autores (muitos eram de fora do Rio e vieram só para a Bienal), então pedi aos autores para falarem os temas de seus livros e assim, quem não curtisse o plot de Aika que eu contava, já encaminhava a pessoa para conhecer outros títulos da PenDragon. Houve pessoas que me olharam como se eu fosse incômodo, outras que me ignoraram e outras que foram grossas quando eu comentava que era autora. A experiência foi mais positiva do que negativa e, naqueles dias, eu soube o quanto o trabalho de cosplay é duro! E fiquei feliz em ver que tinham MUITOS COSPLAYS NA BIENAL! E a grande maioria amou os meus cosplays, mesmo eu morrendo de medo de ser julgada pela fantasia! Ver veteranos me elogiando me fez muito feliz, mas fiz questão de exaltar os amigos que me ajudaram a montar tudo! Vou fazer depois um post mais detalhado sobre o cosplay da Aika aqui no blog. 😁

No entanto, houve muitas tretas durante os dias da Bienal. Teve goteira, umidade, Internet bugada, gráfica falhando, engarrafamentos surreais e a morte do meu celular... Misericórdia! Resistimos, mas foi exaustivo! Fiquei cerca de seis horas por dia, sendo que alguns eu não pude ir por causa da fibromialgia 😭. O pessoal da editora sofreu bastante ficando lá o dia todo, e sinceramente, esperava mais competência por parte do RioCentro. Goteira na bienal foi vergonhoso e prejudicou todo mundo, até livros foram perdidos!😫

Achamos os outros livros que ilustrei: Os Três porquinhos e João e o Pé de Feijão pela Editora Estrela Cultural.

E aí, teve a treta do Crivella.

Pelo amor de Madoka, eu não consigo entender o ódio que existe pela minoria LGBT+. De verdade, não fez sentido. O prefeito cismou com uma HQ que nem era tema LGBT+, só tinha dois rapazes com poderes que se beijaram duas vezes só! E aí, com a desculpa fiada de “proteger crianças”,  cara praticamente violou a constituição brasileira querendo censurar os livros. Cara... não tenho palavras para isso. Um amigo chegou a imprimir a nossa lei e entregar nos stands das editoras pequenas e teve editora grande que trouxe advogados... um dos maiores eventos literários do País sendo censurado e pior: com pessoas defendendo! 😣

Eu não estava lá no dia que os agentes apareceram, mas acompanhei meus colegas de longe. Aika passaria batido mesmo tendo a protagonista bi (e desculpem o spoiler). Fiquei com muita raiva e medo de levarem os livros dos meus amigos, alguns que podiam ser pegos por terem casais gays na capa ou um arco-íris. Decidi fazer um protesto humilde com uma plaquinha e parei de falar de Aika para as pessoas. Pedia para pegarem os livros dos meus amigos antes que os agentes voltassem. No dia 7 eu estava caindo pelos cantos, andando com minha plaquinha humilde, e cheguei a levar pancada nas costas de tão cheia que a bienal ficou. Porém, não consegui ir a manifestação contra a censura e homofobia do prefeito Crivella. Tive que sair horas antes por uma crise das dores 😭 Mas fiquei feliz que a maioria das pessoas dentro da bienal apoiou o movimento contra a censura e fiquei mais feliz ainda ao saber que os livros dos meus amigos se esgotaram!

Quero ter mais saúde e força para passar mais tempo com todos da PenDragon e abraçar meus leitores, porque mesmo estando dolorida agora, sei que cada minuto, cada abraço, cada conversa que pude ter com todos valeu a pena! Quero me exercitar mais, me preparar melhor para a próxima e torcer para que nas próximas bienais não ocorra um episódio tão vergonhoso para a literatura brasileira.

Deixarei aqui as melhores fotos que bati, do quanto pude ficar com todos! E agradeço mais uma vez a quem foi me ver! Destaque para as meninas do Mais QI Nerds, que me divulgaram quanto eu era independente e voltaram para me ver dois anos depois, já com editora e de cosplay de Aika!💓

Até o próximo post!